Júnia Gama e Maria Lima
Em reuni ão com os líderes aliados do Senado ontem, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que as chamadas “pautas-bomba” não fossem votadas ao menos até a eleição do próximo ano. Dilma pediu que os senadores tenham sensibilidade com os pleitos de governadores e prefeitos que peregrinam por Brasília para reclamar sobre a criação de gastos nos estados e municípios sem que sejam apontadas as fontes de financiamento. Hoje, em reunião do Conselho Político, que reúne dirigentes e líderes de partidos aliados, ela vai propor um pacto pela estabilidade das contas públicas.
Os líderes do PT e do PMDB concordaram de antemão, mas representantes de outros partidos divergem. O governo quer evitar, principalmente, a votação de propostas que aumentam salários de policiais e que estabelece piso salarial para agentes comunitários de saúde.
— O Senado não garantiu absolutamente nada. Ano eleitoral provoca essa vontade de atender os pleitos de segmentos da sociedade que têm muita visibilidade política — disse o líder do PP, Benedito de Lira (AL).
O líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que o ministro da Fazenda, Guido mantega, fez uma exposição mostrando que o superávit dos estados e municípios tem se deteriorado muito e que isso piora os resultados do superávit nacional. (Júnia Gama e Maria Lima)
Fonte: O Globo