<!– /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}@page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;}div.Section1 {page:Section1;}–>Anteriormente eu contei algumas aventuras do nossopersonagem, o Zacarias, mais uma vez a serviço da firma, mas em terras bemdistantes. Na última que contei não revelei a cidade, porém o faço agora:aquilo se passou com ele em Goiânia. Ao final da narrativa ele estava no aeroporto e emvez de pegar um avião de retorno ao Rio de Janeiro, sua cidade, viajou para S.Paulo, capital. Vamos explicar isto. O Zaca telefonara para um grande amigo que tinha napaulicéia, o Esmeraldo, que apesar do nome era macho paca e um tremendogozador. Iriam se encontrar no aeroporto, botar o papo em dia, tomar uns chopese mais tarde então ele tomaria a ponte aérea para casa. Ocorre que o amigopreparara uma surpresa para ele. Descendo do avião e se encaminhando para o saguão doaeroporto, já à distância Zacarias viu que o amigo estava em companhia deCristina. Este a conhecera em missão anterior em Sampa e não mais a vira.Cristina era alta, vistosa, bonita e tinha um corpo que, naquele momento,trouxe tantas e maravilhosas recordações ao bom Zaca. Ah este imprevisívelamigo Esmeraldo, sempre aprontando alguma. Abraçaram-se, e foram até à lanchonete do aeroporto.Tomaram um lanche regado a chopes. Conversa vai, conversa vem, após uns 40minutos de papo o amigo disse que precisava ir a um compromisso e deixouZacarias sozinho com Cristina. O plano funcionava perfeitamente. Ela propôs darem uma volta de carro, irem a alguns lugaresinteressantes que Zacarias não conhecia e depois darem um pulo até o apartamentodela. Assim foi feito. Cristina usava então o cabelo solto como Zaca gostava devê-la antigamente. O tempo se encaminhava para um delicioso fim de tarde. Zacasabia que só iria tomar a ponte aérea para o Rio mais à noitinha. Cristina nãoadmitiria que ele antecipasse sua partida, até porque tinha planos para aspróximas horas que, no entender dela, funcionariam como uma espécie deagradecimento a Zacarias. Isto tem a ver com história anterior, vivida por ambos lámesmo, em S. Paulo,e que, em verdade, teve como uma espécie de coadjuvante, ou anjo da guarda, seilá, o mesmo amigo Esmeraldo. Paro aqui para voltar no tempo e contar-lhes comoZacarias conhecera Cristina e o que se passara entre eles. Zaca fora a S. Paulo em mais uma missão da firma e,naquele ano, seu amigo paulista/português, falara-lhe sobre a bela Cristina.Esta vivia quase sem sorrir, sempre séria, com os cabelos presos na parte detrás, aparentando uma tristeza permanente. Parecia guardar um segredo que nãorepartia com ninguém. Esmeraldo contou que ela tivera uma grande desilusão poucotempo antes. Conhecera um jovem forte, também alto e bonito pelo qual seenamorara. Ele pertencia a uma família de grandes posses. Pouco tempo depoisacabaram casando. Infelizmente certo dia ela descobriu que aquele seu”príncipe”, alto, garboso, estava mais para “princesa”. Imaginem o choque quefoi para ela. A família quis abafar o caso, mas ela não se vendeu.Enfrentou a verdade com altivez e partiu para a separação definitiva. Cristinaficou mal por longo tempo tendo até que passar por um tratamento de recuperaçãoemocional. Mesmo assim dizia temer outra experiência semelhante, razão porque evitavapermanentemente aqueles que tentavam se candidatar a namorado. Ciente do segredo da bela e triste Cristina, Zacariaspediu a Esmeraldo que o apresentasse a ela. Dias depois ocorreu a oportunidade.Curiosamente a reação dela para com Zaca foi diferente, mais amistosa, denotousimpatia. Almoçaram um dia juntos e marcaram um jantar para a noite seguinte.Conversaram muito e, com muito tato, sem usar de insistência, ele conseguiu queela se abrisse e contasse tudo. Zacarias costumava se gabar de ter grande experiência ementender o sexo feminino, porém daquela vez o cara se superou, acreditem. Aconversa se alongou e Cristina foi mostrando que confiava em Zacarias. Já atéesboçava alguns sorrisos e quando ele segurou suas mãos carinhosamente falandoque a admirava muito e que gostaria de vê-la livre dos grilhões que a prendiamao passado recente os olhos de Cristina brilharam como nunca. O gelo sedesfazia. Zaca sorriu feliz. Após o jantar ela aceitou o convite para irem até oapartamento em que ele estava instalado para continuarem a conversa lá etomarem alguns drinques. Mesmo depois de bastante tempo juntos, trocandocarinhos, ele começando a invadir a intimidade dela, Cristina ainda suava nasmãos e se escondia, em certos momentos, numa defesa que estava custando a ruirdefinitivamente. Com seu jeito especial Zacarias enfim teve certeza de quepoderia, digamos, “ajudar” Cristina, quando ela cedeu a um longo beijoemoldurado por carícias que vinha evitando fazia tanto tempo. Aos poucos, comoconvém, os dois passaram a se entregar num lindo ato de amor ao qual, Cristina,um tanto descrente no começo, já dava sinais de que se recuperava rápido dosproblemas emocionais. Com o passar dos minutos ela foi mostrando autoconfiança, sesoltando das amarras, sendo finalmente a mulher linda e perfeita que Zacaacreditava ter ali em seus braços. Cristina enfim assumia a personalidade queseu falso príncipe destruíra. Estava novamente feliz e realizada. Eles amaram,e amaram muito, foi o que me contou o próprio Zacarias, na época. Volto agora à narrativa acima para dizer que bem ao finalda tarde, eles chegaram ao apartamento de Cristina, na Av. 9 de julho. Zacariasnão o conhecia, pois tudo que viveram antes não se dera lá. O andar era alto eisto apenas incomodava Zacarias por causa da sua forte fobia com elevador.Naquele dia, entretanto ele a superou numa boa. Cristina conseguira estemilagre. O que os dois viveram novamente naquele dia só a elespertence, assim vamos respeitar a intimidade agradecida de Cristina para com onosso Zaca. Desta feita o nosso “conquistador” havia sido conquistado por quemhabitou sua mente por muito, muito tempo, embora nunca mais eles se tivessemvisto. Horas depois ela o levava de carro ao aeroporto para queenfim ele tomasse a ponte aérea para o Rio. Zacarias iria retornar a casa, massua trajetória de aventuras com certeza não terminou aí. Outro dia eu contomais.
Inicial O RETORNO DO ZACA - IV