Meus amigos, há dias atrás tivemos uma alegre e maravilhosa comemoração dupla aqui em casa. Compareceram familiares, amigos e duas vizinhas. Foi uma festa a grande que mereceu a presença tanto de adultos como de muitas crianças. Como sempre eu documentei o evento com algumas fotos. Pena que não dê para mostrar a alegria geral e, coisa rara, mas muito importante, nenhuma bebida alcoólica. É verdade, sei que para alguns pode parecer estranho, porém naquela noite a ordem era “nada de álcool”. Todos tiveram que se contentar com sucos e refrigerantes. Afinal tínhamos dois aniversários sendo comemorados ao mesmo tempo, e de duas mulheres. Eu disse mulheres? Quanto à D. Terezinha, tudo bem, pois estava muito feliz do alto dos seus 74 anos. Teve oito filhos, e sua missão já está mais do que cumprida, e muito bem cumprida. Seis mulheres, entre elas minha Lena, e dois homens. D. Terezinha tem uma história de vida daquelas que podem gerar um romance. Forte, guerreira, enfrentou todas as dificuldades que o destino lhe foi impondo criando, educando, e formando para a vida uma família de gente da melhor qualidade. Homens e mulheres que hoje dirigem seus destinos e administram também as famílias que eles e elas formaram. Claro que nem tudo foram flores também para os filhos de Terezinha. Felizmente eles e elas souberam superar as crises, os problemas, as adversidades, reorganizando, quando foi o caso, as suas vidas, acreditando sempre que a felicidade dependia muito mais deles e delas do que da sorte. Eu tive, como já contei em crônica antiga, duas mães. D. Ana Rosa que me deu à luz, e dindinha Carmita, criada em nossa casa, em Belém, que acabou voltando seu viver para ajudar minha mãe que tivera 10 (dez) filhos. Sendo eu o mais velho, ela se voltou com mais tempo e dedicação a ser uma espécie de minha segunda mãe. Quanta felicidade ter duas mães simultaneamente, quando criança. Mas por que conto isso agora? Simplesmente pelo fato que considero D. Terezinha, não como sogra, o que na verdade ela o é de mim casado que sou com Marlene, mas sim como uma terceira mãe. É uma forma carinhosa de mostrar o meu amor, a minha simpatia, o meu respeito, por uma mulher que gerou, entre oito filhos, aquela que viria a ser minha terceira esposa, minha amiga e companheira para o resto de minha vida, com certeza. Claro que pela diferença de nossas idades isto seria impossível, pois estou nos 73 e ela agora chegando aos 74. D. Terezinha era uma das aniversariantes e tinha perto de si, na comemoração, quatro filhas e dois filhos, sendo que um deles, o Rogério, veio de longe, de Bom Jesus do Norte (ES), para abraçar a mãe. Quatro mulheres hoje moram aqui em Cabo Frio, Marlene, Alzira, Aparecida e Josiane, assim como Antonio, o terceiro na ordem de nascimento de todos. Josiane é a caçula e mãe de nossos dois sobrinhos netos, Adriele e Luis. Três filhas moram longe, Marinete, em Serra (ES), Rogério e Zezé em Bom Jesus do Norte(ES). Vocês me perguntariam: afinal quem é a outra aniversariante? Pois eu lhes digo que ela está justamente no outro extremo de um viver, ou seja, completava o seu primeiro ano de vida. Clara Elis é o seu nome. Clara é bisneta de D. Terezinha. Adoro este ambiente familiar, o juntar gerações, tão pouco comum hoje em dia em nossa sociedade, lamentavelmente. Antonio, filho de D. Terezinha, a quem já me referi acima, é o avô de Clara. Os pais da bonita Clarinha são Rodrigo, este, filho de Antonio e Sílvia, sendo Tânia sua mãe. Das pessoas que se fizeram presentes à bonita festa familiar também notamos gerações diversas que não podemos mostrar em fotos por falta de espaço. Havia um som, em tom baixo, que enlevava a todos. Era música suave, nada de gritarias, guitarras barulhentas, funks com impropérios, nada disso. Havia também muitos sorrisos, alegria explodindo às vezes em gargalhadas, algumas crianças brincando pelo quintal e na varanda, enquanto eu e Grasiele fazíamos algumas fotos. Nossos cachorrinhos, especialmente Touche e Safira, habitualmente muito agitados quando vêem muito movimento, muitas visitas, manifestaram-se durante algum tempo, mas logo depois entraram no ritmo da festa. Passaram a rodear os presentes na esperança de lhes sobrar algo do que comiam. Tuane, já com oito anos, nossa linda lady Coker, recolheu-se mais cedo a sua nova casa recém comprada por Lena. Um pouco antes da meia-noite, como de costume, foram todos convocados a cantar os parabéns, e por duas vezes, claro. As velas também foram sopradas em dois tempos. Afinal havia li duas aniversariantes. Houve fatias de bolo para todos e ainda sobrou, e olhem que estava uma delícia. Ultrapassada a meia-noite, Clara Elis já iniciava seu segundo passo numa vida que espero seja longa e feliz. D. Terezinha via se cumprir mais uma etapa de um viver digno, ponteado de alegrias e sofrimentos, no qual ela só tem de que se orgulhar. Parabéns Clarinha, parabéns D. Terezinha, que a vida nos deixe próximos ainda por um bom tempo, com saúde, muita paz e muito amor.
Inicial CLARA E TEREZINHA